Tem que apresentar, tem que produzir, para se formar, escreve o tcc...
- Valéria Soares
- 27 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
"Você me vira a cabeça. Me tira do sério. Destrói os planos que um dia eu fiz pra mim", trilha sonora do período de TCC.
Na reta final de algumas graduações é exigido a entrega de um Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC. É o momento de preparar o psicológico para uma maratona insana de tarefas, cujo um dos grandes objetivos é o aval para usar a hashtag #eumeformei. No período de produção é muito comum os estudantes apresentarem uma grande tensão por conta do trabalho, é um momento de muita pressão, nervosismo e ansiedade.

Nas redes sociais eles dão visibilidade ao sofrimento os tornando mais leves. Os estudantes compartilham de experiências parecidas, e vão aprendendo entre cada lauda produzida do trabalho que rir do momento é o melhor remédio, porque felizmente ele é passageiro.
A luta diária para escrever, coletar informações, discute com teóricos, também é marcada por muitos fatores externos. Gabriel Mateus, formado em História pela UEMA (Universidade Estadual do Maranhão) sugeriu para nossa equipe, colocar uma música sofrência de fundo e uma cerveja, para ele poder contar como foi que sobreviveu ao TCC.

Gabriel disse que escolheu um tema na sua zona de conforto, acreditando que seria mais fácil para desenvolver, mas como dizem por aí "se fosse fácil se chamaria miojo e não tcc" . Entre ter que ministrar aula e planejar aula, ainda tinha que coletar material para o TCC. “ O inimigo era o tempo e eu tinha que saber usar bem”, comentou. Ele nos revelou que não conseguia escrever a noite, dedicava o dia todo escrevendo, mas para isso teve que se isolar por um período. Vida social pra que né?! E quando o orientador é um mestre dos magos. Gabriel também passou por isso “ Tive muito trabalho com a orientadora, não me ajudou em muita coisa, recorri a amigos para me orientar”, explicou.


Quem passou por muitos perrengues do TCC até ser aprovada foi a Jessika Lima, outra akdêmica formada em História, mas pela UESPI (Universidade Estadual do Piauí). Um deles que ela guarda de lição para vida, é checar o material que utiliza. “ Eu gravei quase uma hora com minha fonte e não chequei o gravador, o resultado foi que não gravou a conversa, tive que forçar a cuca para lembrar do que ela disse e escrever ”, comentou . De fato, o tempo não ajuda muito um autor de TCC, e as benditas normas da ABNT também não! “ A gente fica um pouco perdido e travado nessas regras no começo, até engatar de fato na produção, e pegar os macetes”, afirma.
Compartilhando do mesmo problema, Renata Teixeira - formada em Administração (UESPI) ficou sem computador justo na produção do trabalho, que fase heim!? teve que fazer das tripas coração para entregar o TCC. “ Eu tive que escrever meu trabalho duas vezes, um manual e outro digitalizado em uma Lan house”. Segundo ela, não foi fácil. ( e a gente não discorda Renata, não foi fácil mesmo)

Os prazos de entrega do trabalho é que deixa qualquer akdêmico querendo joga tudo pro alto e sair correndo ( essa atitude não é recomendada para graduando depois do 7ª período). Nathália Viviane formada em economia na UFPI (universidade Federal do Piauí), disse que pensou várias vezes em desistir do trabalho, e quase afogou a família em casa. “ Eu chorava todos os dias, e passei um mês e meio isolada para ver se conseguia finalizar, eu só não desisti por incentivo do meu orientador, da família e amigos”, contou. Chorou largada, mas conseguiu usar a hashtag #eumeformei.
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